Além do Petróleo: como a crise no Estreito de Ormuz reforça a importância da agenda ESG para pequenas e médias empresas no Brasil
- Kátia Kuroshima
- 30 de jun.
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As recentes tensões no Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — reacenderam alertas globais sobre o abastecimento de combustíveis, fertilizantes e insumos estratégicos. Mas o impacto ultrapassa o cenário geopolítico: ele atinge em cheio os custos operacionais, logísticos e ambientais das empresas brasileiras, inclusive (e especialmente) as pequenas e médias.

Na prática, o aumento nos preços do barril de petróleo eleva o valor do diesel, da gasolina e do transporte de mercadorias. Fertilizantes importados, dos quais o agronegócio brasileiro depende majoritariamente, se tornam mais caros e escassos. E rotas mais longas para o transporte marítimo significam mais emissões de carbono — um risco direto às metas de escopo 3.
Nesse contexto, a agenda ESG deixa de ser tendência e se torna ferramenta estratégica. As PMEs brasileiras precisam rever suas operações com lentes de sustentabilidade, buscando alternativas como:
Transição energética: Investir em energia renovável e eficiência energética pode amortecer a dependência externa e gerar vantagem competitiva.
Diversificação da cadeia de suprimentos: Priorizar fornecedores locais ou mais resilientes, inclusive na produção de insumos verdes.
Compensação e governança climática: Calcular e mitigar as emissões com mecanismos de compensação bem estruturados.
Comunicação transparente: Compartilhar com clareza as decisões tomadas nesse cenário de crise fortalece a confiança de clientes, investidores e parceiros.
As vezes pensamos que os conflitos que acontecem no outro lado do planeta não nos afetam em nada, ou vão demorar muito para que seus impactos comecem a refletir no nosso dia a dia. Mas hoje em dia, com o mundo mais conectado, os efeitos são muito mais rápidos. Este artigo reflete como a ameaça do conflito já repercute nos preços do que consumimos... Excelente abordagem e uma ótima reflexão para repensarmos sobre os nosso s consumos.